terça-feira, 3 de abril de 2012

8

Lições à mesa indiana (16)



Lição 16:


A lição das lições: à mesa indiana, a paciência se exaure, sabores nos inflamam, aromas nos invadem, impurezas nos rondam, tudo é um assombro. De tirar o fôlego. Às vezes o apetite. Mas não a paixão, esta que nunca esmorece, tampouco se aquieta, pelo contrário - da mesa às ruas, ela corre à nossa frente como que a nos dizer: vem, vem...vem por aqui...vem conhecer algo que vocês nunca viram...





8 comentários:

Rohit disse...

Colors of India , very well captured...BEautiful ..Incredible ..with essence of everything ...Rituals, animals, colors and aroma .. Wow..super ...!!!

Anônimo disse...

Não adianta, me tornei addicted dos teus comentários!
Impressões e até reflexões, subsequentes à tua viagem pra Índia!
E mais uma vez, ri muito !!!
De boa vontade. O que me alegrou e mais:
me deu bom humor de francesa-parisiense !
Com isso, Sol pro dia todo, fora e dentro.

Não teve jeito: lembrei duma viagem minha,
pro interior do Brasil, no final da década de 70, acho,
que realmente parece com a tua, em muitos detalhes evocados.
Seria demais ... contar como na época,
muitos amigos meus iam pra Pondichéry ou o Tibet,
com o livro de Alexandra David Neel debaixo do braço,
e eu inventei de levar amigos brasileiros, saindo do Rio,
de fusquinha, rumo ao Norte, São Luis e Belém,
via o Nordeste, e todo o seu litoral !!!
Nem sei se você pode imaginar !

Depois de dois meses ou mais, todo mundo ficou esgotado !
Muitos bonecos de barro bonitos, redes e bordados sem medida...
Repentistas e literatura de cordel.
Mas também uma sujeira ou uma poeira sem fim nas ruas.
E muita pobreza.

Uma coisa é certa: um dia, acordamos em Fortaleza de manhã
cedinho, em meio a feirantes gritando e montando barracas:
era dia de feira, e nós em meio àquilo tudo, atordoados !!!
Nada a ver com noite romântica à beira mar na Bahia !

Fora isso, vi paisagens inesquecíveis: babaçus alagoados, xique-xiques
e mandacarus florescendo de noite nos confins da Paraíba, etc. e tal...
Mas o pior na época foi certamente achar do que comer !
Alface, tomate, nem pensar ! Frutas também não.
No máximo uma boa passoca, e olha lá !

Ainda conhecia pouco o Brasil, e foi uma iniciação das brabas...
Nada a ver com iniciação indígena, mais tarde, na rua das Palmeiras, em Botafogo !

Bom. Por ora, basta.
Voltarei ao Slice, o mamão e o Taj Mahal, outra hora !
Mas que foram sugestivos, foram. E no momento de lembrar escrevendo, também.

Beijos, e até
MC

Rohit disse...

Savez-vous quel est ce rituel avec le feu appelé? il est Ganga Arti .. Ils sont tous adorer Gange, la sœur aînée de Parvati!

Dans le même temps, le Rajasthan est un état magnifique avec son ambiance charmante et royale ...

Faith disse...

I am away from home (Bombay), what I miss most is the everyday- sometimes exhausting but invariably touching. Perhaps I romanticize, in retrospect, the more I look the more I find, things I didn't know, things I didn't notice before. Five of the six pictures you have posted are pf the everyday-a strange mosaic of colors, struggle, hardiness, serenity and transition. Sometimes even the thought of the underlying oppression are stifling... and sometimes you take it for what it is- life and people working it. :)

Claudio Pfeil disse...

Dear Faith,

Mumbai was for us one of the biggest surprises of the trip. Before you know it, we were discouraged to go there; thankfully we did not pay attention to these reports: it is undoubtedly one of the most impressive cities of India. Not exactly because of the beauty, the sea that borders, either by the British architecture of the time - Mumbai fills us with admiration for its impressive contrasts, but above all, by his energy and dynamism. It's India! Spectacular.

Thank you for joining us

Rohit disse...

An old song , my Mom's favorite song!! Mumbai in background!!!

http://www.youtube.com/watch?v=QzoGs8qwimo

Seene may jalan ankhon may tufan sa kyun hai
Is shahar may har shakhs pareshan sa kyun hai

Dil hai to dharakane ka bahana koi dhundhe
Patthar ki tarah behis o bejan sa kyun hai

Tanhai ki ye kaun si manzil hai rafiqo
Ta hadd e nazar ek bayaban sa kyun hai

Kya koi nai bat nazar ati hai ham may
Aina hamay dekh ke hairan sa kyun hai



“What’s the cause for this burning feeling and all the confusion in me?
And why does everyone in the city seem to have similar worries?

Why is my heart looking for a special reason to beat?
And why has it suddenly become as flat and as lifeless at a stone?

Tell me friends, what secluded place have I come to?
As far as the eye can see, why is there is nothing but an uninhabited desert?

Has anything changed in my appearance lately?
Why then, does the mirror get stupefied by my reflection in it?”

Marcella disse...

Claudio, estou viajando na sua viajem a India... Da pra sentir os aromas...
parabens ...o blog está lindo, um primor!!!

dani cor de rosa disse...

"vem vem por aqui conhecer algo que vocês nunca viram" - assim você diz que a paixão, nos chama para comer, para sentir, para viver.

Colorfull, tastefull, noisefull. It seems to be always full. Always intense. That´s India anyway.

Bacana a musica que o Rohit cita e o paralelo com o nordeste de MC. Mesmorias que despertam.